Dia Mundial de Cuidados Paliativos
No segundo sábado de outubro, comemora-se, anualmente, o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos. Com o tema “Viver e morrer com dor – não precisa ser assim”, estão acontecendo hoje diversas ações pelo mundo.
No Brasil, algumas estão sendo reportadas pelo Facebook da ANCP. Para conhecer, clique aqui.
A importância da data é, segundo a médica Maria Goretti Salles Maciel, presidente da ANCP, promover a conscientização em todo o mundo ao mesmo tempo. “O maior desafio que temos junto à população em geral é a falta de conhecimento e os equívocos em relação ao que são os cuidados paliativos”, diz.
Paliar significa cuidar, não abandonar o paciente. “Esse conceito de abreviar a vida ou suspender os medicamentos já que não há o que ser feito pela doença é uma ideia ultrapassada. Hoje, ao contrário, os cuidados paliativos são os cuidados levados ao extremo, é cuidar para que o paciente tenha o mínimo de sofrimento”, explica.
Sendo a dor o principal sintoma em cuidados paliativos, nada mais importante do que ser o tema da data. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 17% da população que possuem dor moderada a grave relacionada a doenças graves têm acesso a medicamentos eficazes para o sintoma. Outro número indica como os cuidados paliativos ainda são incipientes no mundo: a OMS possui um levantamento de que 86% dos pacientes que precisam de cuidados paliativos não têm acesso a esse tipo de serviço.
No Brasil, embora haja uma política estabelecida no Sistema Único de Saúde (SUS) para prover medicamentos à base de opioides para dor, nem todos os municípios têm acesso a esse tipo de medicação. “Muitos médicos não sabem usar de maneira adequada os opioides e acha que qualquer medicamento serve para a dor. Não é verdade e o preconceito e a falta de informação dos profissionais da saúde fazem com que muitas pessoas sintam dor desnecessariamente”, afirma a médica.