Falta de medicamentos para dor na Venezuela leva entidade de cuidados paliativos do país a expor situação ao mundo
A indisponibilidade de medicação para a dor na Venezuela, incluindo opioides, levou à Sociedad Venezolana de Medicina Paliativa (SOVEMEPAL) divulgar uma carta pública expondo a situação do país a fim de conclamar às autoridades e agências governamentais da área da saúde a tomar medidas urgentes para sanar o problema.
A ANCP recebeu esta carta pública e se posiciona institucionalmente de forma solidária à situação vivida pela SOVEMEPAL, afirmando publicamente que:
Recebemos este mês uma carta da Presidente e Secretaria da Sociedad Venezolana de Medicina Paliativa (SOVEMEPAL), na qual nossos colegas expõem a situação de crise humanitária pela qual estão passando. Expõem que “hoje na Venezuela não há disponível nenhuma classe de medicação para a dor, incluindo opióides, para aliviar a dor moderada a grave, não há nenhuma maneira de aliviar o sofrimento de tantos pacientes que lutam pela vida e perto da morte, não há ferramentas para ajudar, e, como sociedade médica, como médicos e como profissionais de saúde, temos o dever e a responsabilidade de um chamado enérgico, para expor esta grave situação.”
Independente de posições políticas ou ideológicas, a ANCP reconhece que o tratamento da dor é internacionalmente reconhecido como um Direito Humano fundamental.
A ANCP, na condição de uma sociedade fundada nos valores democráticos, ancorada nos Direitos Humanos e que compartilha o princípio de cuidar do sofrimento dos pacientes e seus familiares, se solidariza com a SOVEMEPAL e abre suas portas para que nossos colegas possam se expressar em busca por um cuidado melhor aos pacientes, seja onde estiverem.
Além disso, a ANCP se tornou signatária de uma carta da Asociación LatinoAmericana de Cuidados Paliativos de apoio à SOVEMEPAL. “Em nome das organizações que representamos, pedimos ao governo venezuelano que tome todas as medidas necessárias para promover o acesso legítimo aos medicamentos necessários para cuidados paliativos, especialmente os opioides, para garantir o fornecimento de medicamentos para o controle da dor e outros sintomas”, diz o texto.
A íntegra dos dois documentos estão disponíveis aqui: