HC realiza trabalho de conscientização sobre Cuidados Paliativos para seus colaboradores
A Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, promoverá Programa de Educação Continuada para a discussão de aspectos éticos, legais e de condutas clínicas e práticas ligadas à assistência ao final da vida e terminalidade.
Aberto a todos os profissionais do complexo HC, o programa tem inicio no dia 16 de fevereiro e término em dezembro. Ele contará com reuniões semanais que acontecerão às quartas-feiras, das 13 às 14 horas, no Instituto Central do HC. As bases conceituais e a ação prática, incluindo assistência ao luto e a família, serão temas das reuniões. Auxiliar o médico no reconhecimento dessa condição, de forma a conduzir o seguimento clínico sem sofrimentos adicionais, procedimentos fúteis e distanásia, é um dos principais objetivos do programa, coordenado pelo Dr. Ricardo Tavares de Carvalho, presidente da comissão e diretor científico da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.
Os Cuidados Paliativos são uma prática relativamente pouco conhecida no Brasil. “A inda há bastante preconceito e má compreensão do que de fato é o trabalho”, argumenta o médico. No Hospital das Clínicas a comissão foi criada em outubro de 2008. Em março de 2010 iniciou-se o trabalho de atendimento de interconsultas no complexo HC. O atendimento é feito por médico com formação específica em Cuidados Paliativos e pela equipe multiprofissional da unidade onde o paciente está internado.
São caracteristicas do trabalho assistencial:
Facilitar a comunicação com as famílias e com toda a equipe a respeito de plano de cuidados, comunicação de más notícias e auxílio na condução de conflitos que freqüentemente surgem nesse contexto, entre a família, o paciente e a equipe de saúde.
Discutir a melhor alocação para o paciente, inclusive retirada da UTI quando viável e/ou transferência para Hospitais Auxiliares, se apropriado.
Manusear clinicamente os diversos sintomas e situações clínicas, de difícil manejo, presentes na condição de doença avançada e na terminalidade.
Articular a continuidade do Cuidado com a rede de assistência disponível no HC. A perspectiva é expandir a possibilidade de atendimento ambulatorial, com olhar específico e foco na promoção de qualidade de vida, de forma humanizada, para doentes em terminalidade e/ou doença avançada para a população não geriátrica ( <60 anos).
Além disso, é meta criar uma rede de assistência em cuidados paliativos em todos os níveis de atenção, incluindo hospitais auxiliares e atendimento dentro das Unidades de Terapia Intensiva e pronto-socorro, adianta o médico.
Fonte: Assessoria de Imprensa do HC/FMUSP