Os Serviços de Cuidados Paliativos do Hospital de Apoio de Brasília
Funcionando como serviço de Cuidados Paliativos desde 2000, e mudando em 2007 para Unidade de Cuidados Paliativos, o Hospital de Apoio de Brasília (HAB) é o único hospital do Distrito Federal com leitos para Cuidados Paliativos e um dos poucos no país a ter leitos de Cuidados Paliativos Geriátricos. Segundo a coordenadora da equipe Erika Renata Nascimento Cavalcanti de Oliveira, o diferencial da unidade é a residência em Medicina Paliativa, “temos duas vagas ao ano, também temos preceptores de Residência Multidisciplinar em Oncologia, cujo módulo de Cuidados Paliativos é realizado no nosso serviço”, explica Erika de Oliveira.
A Unidade de Cuidados Paliativos do HAB conta em sua equipe de paliativista com 10 Médicos, 02 Nutricionistas, 01 Terapeuta Ocupacional, 01 Fisioterapeuta, 10 Enfermeiros, 02 Psicólogos, 35 Técnicos de enfermagem, 02 Assistentes sociais e 02 Farmacêuticos clínicos. “Contamos ainda com o apoio da Associação de Voluntários do Hospital”, diz Erika de Oliveira. Em média por mês 60 pacientes são internados, 200 são atendidos ambulatorialmente, e 8 são atendidos no ambulatório interdisciplinar. “Além do atendimento ambulatorial em Cuidados Paliativos Oncológicos e Geriátricos e do ambulatório interdisciplinar, temos um ambulatório mensal de assistência ao luto” conta Erika de Oliveira.
Atualmente o HAB tem 29 leitos distribuídos em duas alas, ala A e ala C. A ala A, com 19 leitos, é destinada à internação de pacientes em Cuidados Paliativos Oncológicos, que não estejam mais realizando tratamento modificador de doença, distribuídos em sete quartos. Um dos quartos, com apenas dois leitos, é destinado aos pacientes mais graves e seus familiares para que possam passar o momento de despedida com seus entes queridos com o máximo de privacidade e conforto. Já ala C é destinada à internação de pacientes em cuidados paliativos geriátricos e possui quatro quartos, totalizando 10 leitos.
Outro grande diferencial da unidade são as atividades de educação em Cuidados Paliativos que promovem mensalmente entre eles o “Programa Cuidar Sempre” com palestras mensais sobre Cuidados Paliativos para toda rede, “No Cinema e na Vida” e “Almoço Literário”, além da promoção de cursos e jornadas. Para a coordenadora da equipe de Cuidados Paliativos do HAB, o maior desafio é em relação a educação e conscientização do papel e do objetivo dos Cuidados Paliativos. “Além da dificuldade de institucionalizar os Cuidados Paliativos já que não temos, até o momento, política pública de Cuidados Paliativos no Brasil”, enfatiza Erika de Oliveira.
Informamos que as informações e opiniões apresentadas nesse texto são de responsabilidade do entrevistado, não necessariamente reflete a opinião da ANCP.