Pacientes preferem que médicos não usem computador na sala de exames
Estudo apresentado no 2017 Palliative and Supportive Care in Oncology Symposium, em San Diego, Califórnia, sugere que pacientes com câncer avançado preferem que os médicos se comuniquem com eles face a face, com apenas um bloco de notas na mão, ao invés de usar repetidamente um computador. O médico André Filipe Junqueira dos Santos (foto), vice-presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), comenta para o Onconews.
Muitos médicos usam um software de computador para gerenciar registros de saúde eletrônicos, e os pesquisadores buscaram compreender a possibilidade desse comportamento prejudicar a comunicação com os pacientes. Pesquisas anteriores com pacientes com problemas crônicos de saúde, muitas vezes acompanhados de problemas emocionais, sugeriram que os pacientes querem que seus médicos conversem diretamente com eles.
“O prontuário eletrônico é um padrão de atendimento irreversível e que traz muitos benefícios na padronização de diversos atendimentos e acesso a outros dados. A virtude desse estudo é medir o impacto do computador na relação médico-paciente em cuidados paliativos. Um equilíbrio no uso dessa ferramenta (talvez anotar em papel durante a consulta) e registrar no computador em outro local seja uma proposta a ser considerada por todos os profissionais”, afirma André Junqueira, coordenador do Serviço de Cuidados Paliativos da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), da USP, e médico no Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP).
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