Um atlas dos cuidados paliativos do Brasil
Seguindo o tema do VI Congresso Internacional de Cuidados Paliativos “Brasil, mostra tua cara”, a ANCP lança o Projeto Atlas, com o objetivo principal de conhecer os serviços de cuidados paliativos no país. Esta é a primeira e única iniciativa oficial da entidade nesse sentido.
“Temos uma ideia pouco precisa a respeito de como são os cuidados paliativos em nosso país e queremos fazer um registro oficial para que esses profissionais e seus trabalhos sejam conhecidos por todos nós que atuamos na área”, diz o cardiologista Ricardo Tavares, líder do projeto e diretor científico da entidade.
A primeira ação dentro do projeto é um questionário que poderá ser preenchido on-line pelos responsáveis pelos serviços da área do Brasil e já está disponível pelo link http://pesquisa.primaestudio.com.br/. O preenchimento é muito simples e pede dados como nome do serviço, localidade, número de profissionais envolvidos e sua formação, ligação do serviço com atividades de ensino na graduação ou residência médica, entre outras informações. Aqueles que não quiserem preencher as informações via site, terão a oportunidade de passar os dados pessoalmente, durante o VI Congresso.
“Estamos trabalhando nesse projeto há pelo menos dois meses. O questionário foi elaborado por mim, pelos médicos Danielle Soler Lopes, Filipe Gusman, Mirlane Cardoso e pela enfermeira Inês Gimenes e cada um de nós estará em uma sala representando as regiões do país e auxiliando os serviços a preencherem o cadastro”, explica Tavares. As salas específicas podem ser encontradas no site do congresso.
A partir dos questionários preenchidos, o grupo de profissionais desenvolverá uma grande análise de dados e correlações, aos moldes dos Atlas da área existentes na América Latina e Europa, com informações como renda per capita de cada estado, produto interno bruto e outros dados demográficos e econômicos importantes para a análise da presença e desenvolvimento dos cuidados paliativos no Brasil.
“Queremos informar nossos associados e termos elementos que possam embasar o desenvolvimento de políticas públicas junto às instâncias governamentais, sustentando o crescimento dos cuidados paliativos no nosso país”, explica o médico.