Uma dose de sonhos, por favor. Cuidados paliativos são negligenciados
METRÓPOLES Por: LEILANE MENEZES
O médico pergunta à plateia: “Você é contra milagres?”. O público tem especialistas em câncer e pacientes que convivem com a doença. Gente acostumada a se agarrar ao inexplicável.
“Se você não é contra milagres, isso é o suficiente para validar a esperança de quem acredita. Isso tem a ver com sonho”, diz o poético doutor. Ele defende que os pacientes precisam de mais do que remédios para se sentirem vivos: necessitam que seus milagres pessoais nunca sejam desacreditados ou ignorados.
O oncologista fala sobre esperança, cuidado, conforto, fé e respeito ao sagrado de cada um — que pode ser Deus ou o Corinthians, ele ressalta. Tudo isso faz diferença no tratamento médico. Expectativa real e esperança, ciência e crença, podem — e devem — conviver.
O dono do discurso empático é Daniel Neves Forte, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). As palavras dele humanizaram o 7º Fórum Nacional de Políticas de Saúde em Oncologia, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Durante dois dias, discutiu-se o acesso a remédios de nomes assustadores de tão complicados, novidades em tecnologia, SUS, planos de saúde, burocracia, desigualdade social, morte e vida.
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